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Mostrando postagens de agosto, 2014

O básico da fotografia - acessórios

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O iniciante em fotografia que já possui um corpo de câmera e uma objetiva tem a tendência de buscar ampliar seu equipamento na intenção de facilitar seu trabalho e superar determinadas limitações de seu kit básico. O problema é que os fabricantes de máquinas e acessórios estão sempre na espreita, preparados para dar o bote diante da mais sutil intenção do fotógrafo de gastar um pouquinho que seja de seu dinheiro precioso. Isso faz com que a oferta desses acessórios seja enorme e as diversas fontes de informações e propaganda acabem por nos deixar ainda mais confusos. No final, grande parte dos nossos recursos acaba sendo desperdiçada com equipamentos que, por mais que prometam tudo, serão utilizados, quando muito, apenas de vez em quando. Por isso, antes de ir à loja comprar aquela objetiva de 300mm que vai impressionar a todos mas que só verá o mundo fora da mochila em duas ocasiões nos próximos 7 anos, dê uma breve conferida nessa breve lista de acessórios muito bacanas que de

Street Photography

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Fotografia de rua (popularmente street photography) é uma modalidade popular entre viajantes, muito embora seja praticável em qualquer fim-de-semana ou mesmo no caminho para o trabalho. Possíveis temas são aglomerações de pessoas em áreas de comércio, performances artísticas, festejos locais ou situações cotidianas. Teatro Municipal, durante uma aula. Captura analógica. No caso de você estar passeando num lugar novo ou mesmo durante uma viagem, as ruas terão um lugar especial entre suas lembranças. O movimento, as conversas, as cores, as formas, tudo oferece infindáveis oportunidades em fotografia. Em meus passeios ou humildes viagens, tenho o passatempo de registrar gestos. Fotografo tanto de perto quanto de longe. Ao sentir que posso incomodar, troco por uma lente zoom, mas as mais importantes nuances e o verdadeiro instante-chave só se consegue ao se chegar perto. Quem tem preferência por retratos não-posados pode querer optar por um equipamento mais discreto. DSLRs peque

Balanço de Branco

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A reprodução de cores das câmeras fotográficas está sujeita ao tipo de iluminação sob o qual se trabalha. Isto é, trabalhar sob luz azulada ou amarelada tornará todas as cores na fotografia azuladas ou amareladas. É necessário deixar a câmera saber, portanto, qual é a cor da luz utilizada antes de se registrar determinada cena. Fotografia feita com filme tipo "Day Light"sob iluminação de incandescência   O recurso utilizado para tanto é o chamado “Balanço de Branco”, ou “White Balance” (WB). O acesso a esse controle, nas câmeras Reflex, costuma ser muito fácil, em geral na forma de um botão marcado com a sigla. A princípio, bastaria selecionar, no menu de WBs, o símbolo que mais se aproximasse da situação que se enfrenta – fosse “Luz do Dia”, “Céu Nublado”, “Sombra”, “Lâmpada Incandescente” ou qualquer outra.  No entanto, como as máquinas trabalham com valores aproximados ou médios, convém testar mais de uma opção de Balanço de Branco antes de se começar a fo

Por que clicar em RAW?

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Você já se questionou ou percebeu que sua câmera tem 18MB, 20MB ou 22 MB e suas imagens ficam com apenas 4 ou 5 MB de tamanho? Não? Pois dê uma conferida. Agora, você já sabe que sua câmera não te dá uma imagem em JPEG com todos os megas que ela tem.  Isso acontece porque quando clicamos em JPEG o arquivo da câmera é comprimido, e boa parte dessas informações são perdidas por causa do formato de arquivo que você está usando. Você só terá o arquivo com a  quantidade de Megas indicada de sua câmera se clicar em RAW, que no caso seria o arquivo "cru". Falamos que o RAW é um arquivo "cru" porque ele contém toda a informação da cena capturada; já no caso do JPEG, como mencionei antes, o arquivo é comprimido, ou seja, há uma perda significativa de informação da cena, e também uma margem bem menor de trabalho. Quando falo um margem maior de trabalho quero dizer que erros mais grotescos podem ser facilmente corrigidos. Um bom exemplo é usar um balanço de bran

Flash rebatido – modo manual

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Em post anterior, conversamos a respeito dos cálculos necessários para o trabalho com flash eletrônico no modo manual, que consistiam em dividir o número-guia do flash pela distância até o assunto para se obter, como resultado, a abertura do diafragma necessária para aquela foto. No entanto, quando se trata de flash rebatido , o cálculo é levemente diferente, embora muito simples: basta substituir a distância do fotógrafo até o assunto pela distância percorrida pelo raio principal de luz. Digamos que há um assunto a três metros do fotógrafo. Se o flash fosse operado com a lâmpada para a frente, bastaria dividir seu número-guia por três para obter a abertura. Mas, no caso do flash rebatido, precisamos considerar um triângulo de raios de luz que sobem desde o fotógrafo até o ponto em que a luz é rebatida no teto, descem em direção ao assunto e retornam horizontalmente para a câmera. Acompanhe no diagrama: no cômodo em particular, para que a luz atinja o teto exatamente no meio-ca

Pense fora da caixa

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Você já percebeu que, ultimamente, seus amigos fotógrafos andam fazendo fotos muito parecidas com as fotos de outros fotógrafos, todo mundo com fotos parecidas dos mesmos locais, os mesmos pontos de vista, os mesmos enquadramentos e até os mesmos presets de edição? Não Percebeu? Corra lá e dê uma olhada, eu aguardo. O motivo de a maioria das imagens criadas nos dias de hoje serem sempre parecidas com outras que já existem é o fato de que o fotografo de hoje não é obrigado a saber a técnica correta; isso se dá pela possibilidade quase infindável de testes que ele pode fazer antes de decidir a imagem final. Em contraponto, o fotógrafo perde tempo e energia tentando acertar a cena, e a parte criativa fica de lado. Então, quando o fotografo consegue acertar a técnica para a imagem desejada, já está cansado pelas tentativas anteriores, e assim se conforma com seu resultado mediano na foto e deixa de desenvolver a sua criatividade na fotografia. A grande questão

Flash rebatido - o ângulo

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Como fontes pequenas, os flashes de sapata emitem luz de natureza dura, e uma das melhores maneiras de se suavizar sua luz é rebater o feixe sobre uma superfície reflexiva. Um teto não muito alto e pintado com tinta clara, de preferência branca, é algo muito próximo do ideal para essa técnica. Antes de qualquer coisa, é necessário ter em mente que os flashes profissionais modernos possuem cabeça basculante, permitindo emitir sua luz a partir de diferentes ângulos; não basta, no entanto, manter a inclinação em qualquer uma das opções – é necessário levar em consideração a posição do fotógrafo em relação ao assunto. Sabe-se da física do colégio que o ângulo de incidência de um corpo que sofre uma colisão sobre uma superfície rígida é igual ao seu ângulo de reflexão, como quando fazemos “tabela” com uma bola contra uma parede – e ela sai na mesma inclinação com que chegou. A luz funciona do mesmo jeito: após propagar-se em linha reta, encontra a superfície rebatedora (teto, por e

Fotometria: a analogia da torneira

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Folheando um antigo guia de fotografia da revista Time-Life descobri um interessante artigo que ensina compensações em fotometria pela genial analogia de uma torneira aberta que enche um balde de água. A abertura do diafragma de uma câmera fotográfica pode ser comparada ao controle de vazão da torneira; quanto mais aberta, mais água passa pela torneira num mesmo intervalo de tempo. Da mesma maneira, quanto mais aberto o diafragma de uma obejtiva, mais luz irá atravessá-la durante um mesmo intervalo. O tempo que a torneira fica aberta pode ser comparado ao tempo do obturador. Se a torneira fica aberta por muito tempo, bastante água sai, da mesma forma que uma exposição longa permite a entrada de muita luz na câmera, como é comum fazer, por exemplo, em fotos noturnas. Uma exposição rápida equivale a uma torneira que é aberta por pouco tempo, e, nesse caso, para compensar a quantidade de água, precisamos deixá-la bem aberta (grande abertura de diafragma). E quanto ao ISO? O ISO

Edite suas fotos

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Escuto muitas das pessoas que estão começando agora na fotografia ou mesmo quem já está a algum tempo a seguinte frase: “Eu não uso PHOTOSHOP (ou Lightroom), prefiro na raça!”. Doce ilusão! Todas as fotos do seu fotógrafo preferido têm edição, todas! Muitos iniciantes acham que a edição ou manipulação de imagem é algo novo, mas não é bem assim. Desde sempre existiu edição e manipulação de imagem, seja ela na pré-produção ou na pós, tanto em editores de imagens como no processo de revelação. Na verdade a edição e a manipulação de imagem já existiam nos tempos do filme. A técnica era feita no intuito de que a foto fosse melhorada de alguma forma, mas nunca perdendo a característica principal do assunto, objeto ou cena fotografada.  Na verdade, dependendo da proposta fotográfica, era usada uma técnica especifica. Por exemplo, hoje se quisermos dar contraste ou até saturarmos um pouco as cores, conseguimos isso facilmente em qualquer ed

Estúdio fotográfico - a iluminação

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A proposta de um estúdio fotográfico, seja de retratos ou naturezas-mortas, reside no controle total da iluminação. Diferentemente do trabalho com luz natural, em que se tem uma luz de partida de intensidade fixa (muito embora seja passível de reflexão e difusão), num estúdio parte-se do “zero” até a construção totalmente artificial da iluminação de uma cena. Independentemente do tipo de trabalho, a luz pode ser estudada por meio de quatro variáveis: (a) cor; (b) direção; (c) natureza e (d) intensidade. A cor varia dentro de todo o espectro visível; a direção trata das coordenadas da fonte, nos eixos horizontal e vertical; a natureza da luz pode ser tanto dura quanto suave, com toda a gradação possível; e a intensidade pode ser forte ou fraca. As ferramentas de que se dispõe para o controle das variáveis acima consistem em flashes, géis coloridos, tripés, acessórios como sombrinhas, refletores e softboxes e outros. Refletores parabólicos e snoots (refletores cônicos) t

Uso de flash e o número-guia

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Os modernos flashes automáticos oferecem pelo menos duas maneiras de se trabalhar (que se selecionam, geralmente, por meio do botão “ mode ”): o modo” TTL” e o modo manual. O modo TTL é um recurso automático em que o flash lança mais de um feixe de luz e faz a medição da cena. Isso ocorre por meio da leitura dos raios de luz que retornam e passam através da objetiva, atingindo o fotômetro da câmera (daí o nome through the lens ). Não obstante, para que se faça um bom trabalho em modo TTL, é importante que se tenha consciência de seus critérios, que somente são totalmente compreendidos com o domínio do modo manual.  Todo flash possui um valor de potência máxima que é dado pelo seu “número-guia”, um valor que relaciona abertura de diafragma, distância ao assunto e abertura de diafragma, o que possibilita um cálculo simples na hora de fotografar. É importante, no entanto, levar em consideração que, como um padrão, o número-guia vale para a câmera configurada em ISO 100 e