Estúdio fotográfico - a iluminação
A proposta de um estúdio fotográfico, seja de retratos ou naturezas-mortas, reside no controle total da iluminação. Diferentemente do trabalho com luz natural, em que se tem uma luz de partida de intensidade fixa (muito embora seja passível de reflexão e difusão), num estúdio parte-se do “zero” até a construção totalmente artificial da iluminação de uma cena.
Independentemente do tipo de
trabalho, a luz pode ser estudada por meio de quatro variáveis: (a) cor; (b)
direção; (c) natureza e (d) intensidade. A cor varia dentro de todo o espectro
visível; a direção trata das coordenadas da fonte, nos eixos horizontal e
vertical; a natureza da luz pode ser tanto dura quanto suave, com toda a
gradação possível; e a intensidade pode ser forte ou fraca.
As ferramentas de que se dispõe
para o controle das variáveis acima consistem em flashes, géis coloridos,
tripés, acessórios como sombrinhas, refletores e softboxes e outros. Refletores parabólicos e snoots (refletores cônicos) tendem a fornecer luz dura, enquanto softboxes e sombrinhas tendem a fornecer
luz suave. Por mais caro ou high-tech
que seja um determinado acessório modificador de luz, ele não fará mais do que
refletir, difundir ou concentrar a luz.
A estratégia inicial do trabalho
em estúdio consiste em posicionar uma luz principal (cuja medição por fotômetro
será a principal referência para a abertura de diafragma da câmera) geralmente
ao nível dos olhos do modelo ou acima disso (o que não nos proíbe de causar
algum efeito criativo com a luz vinda de baixo). A posição da luz com relação
ao eixos vertical e horizontal pode assumir qualquer ângulo e o resultado
poderá ser avaliado por meio das sombras projetadas sobre o rosto do modelo
pela luz-guia dos flashes de estúdio.
Além da luz principal, uma luz
auxiliar pode ser posicionada de maneira a reduzir o contraste do retrato,
iluminando o lado escuro do rosto do modelo. O padrão para a intensidade dessa
luz é de 1 valor de exposição a menos do que o da luz principal. A iluminação
do fundo infinito pode ser feita com auxílio de um terceiro flash, dotado de
refletor parabólico e em valor de exposição de um a dois pontos maior do que o da luz principal (para
efeito de fundo branco-estourado) ou de um a dois pontos menor do que a luz principal (para efeito colorido com uso de
gelatinas ou celofane).
Um agradável efeito de contra-luz
de recorte para os cabelos ainda pode ser conseguido com um flash dotado de snoot dirigido para as costas do modelo
em valor de exposição de um a dois pontos maior
do que o da luz principal. Nesse caso, é conveniente o uso de um para-sóis
acoplado à objetiva para evitar o efeito de reflexos indesejáveis.
Comentários
Postar um comentário